sábado, 12 de abril de 2014

Calouste vai ao teatro!

As turmas do PEJA I e do PEJA II da E. M. Calouste Gulbenkian, no dia 10 e 11 de abril,  foram ao Teatro Maison de France assistir à peça "Camille e Rodin", de Franz Keppler com direção de Elias Andreatto, numa parceria entre as Secretarias de Cultura e de Educação da Prefeitura da Cidade do  Rio de Janeiro. Um texto primoroso, com excelentes interpretações de Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore, contou a história de amor vivida pelos escultores franceses Camille Claudel e Auguste Rodin.


Nossos alunos, muito comportados, aguardaram o início do espetáculo no hall de acesso ao balcão do teatro.




Abaixo, podemos saber um pouco mais sobre o processo de criação da peça, através das palavras do autor, Franz Keppler:

"Fevereiro de 2011. Café Athenas. Foi lá que ouvi a Melissa falar de seu projeto com o Léo de fazer uma peça sobre Camille e Rodin. E no final da conversa, veio o convite: você quer escrever essa peça? Impossível recusar. Transpor para o a história destes dois grandes escultores franceses era um desafio no mínimo apaixonante. Durante 09 meses mergulhei em livros de arte, psicanálise, biografias, textos, cartas e documentos até definir como contar essa história. E duas esculturas foram fundamentais nessa decisão. A primeira delas: As Portas do Inferno. 
As Portas do Inferno, Auguste Rodin

Rodin havia acabado de receber a encomenda desta obra quando se deu o primeiro encontro entre ele e Camille. Um encontro decisivo, transformador e que impulsionaria o trabalho de ambos. Em contraponto, uma porta que, quando aberta por Camille, a levaria ao inferno em que viveria até sua morte trágica num asilo. A segunda obra, esculpida por Camille, foi Clotho. 
Clotho, Camille Claudel
A imagem dessa velha gótica, a mais jovem das moiras segundo a mitologia, tecendo a vida, me trouxe a estrutura da narrativa: os dois, já velhos, já separados, em tempos e espaços diferentes, tecendo suas histórias através da memória, lembranças que se cruzam de modo não linear e que revelam gradativamente detalhes de suas vidas, de suas obras, de seus embates, ambiguidades e angústias, traçando paralelamente, um panorama artístico e social do final do século XIX e início do século XX.
 Essa estrutura me permitiu inserir nos diálogos trechos de entrevistas, críticas da época e cartas escritas por Camille e Rodin, bem como conciliar a fidelidade dos acontecimentos à licença poética tão necessária em obras como essa. Procurei também não tecer julgamentos sobre os artistas ou sobre uma época. Deixo-os para vocês, se é que é possível julgar dois grandes gênios críticos que passaram suas vidas em busca de compreensão e liberdade."


Veja a seguir obras de Rodin e Camille, citadas no espetáculo:


O Beijo, Auguste Rodin

A Idade Madura, Camille Claudel